Foi então que encontrei aquele sitio. E me lembrei que nunca lá tinha estado antes, nunca tinha visto um local tão belo e encantador. Deslumbrante aos olhos de todos que o olhavam, que o apreciavam, que tiveram a simples oportunidade de o conseguirem ver. E de como aquele lugar me cegava os olhos, de tão bonito que era. Como o sol se encontrava sempre limpo, e a velha senhora cantava as suas melodias. Senti nesse mesmo momento como era fácil amar. Num segundo, num minuto, numa hora. Como se pode sentir-se tão ligado a algo em tão curto espaço de tempo, sem o conheçer totalmente, mas sabendo o suficiente para saber que vale a pena. E como palavras não foram necessárias, apenas aquela imagem que me abraçou durante momentos. E daqui a uns anos quando lá voltar, estará tudo igual. O céu limpo, e a velha na sua cadeira. A simplicidade daquele lugar vai permanecer sempre igual. Os melhores segundos da minha vida. Quando entrei naquela terra pela primeira vez, senti a ligação. E vou amar aquilo para sempre. Entreguei-me totalmente, sonhei tanto. Explodi. Sorri tanto que o meu coração sofreu uma explosão e os seus bocados ficaram espalhados. Por ti. E aquilo apareceu como uma droga para mim, que eu estava a precisar, precisava imensamente de algo assim. Algo viciante que eu precisasse mais que muito. Que me fizesse perder a cabeça de modo a não a voltar a encontrar. Que me fizesse desistir de toda a minha vida anterior para ficar atachada a isso. Algo viciante como a droga, tu, ou o alcóol. E a diferença entre aquele local e tu? Esse nunca irá ter final, ficará comigo para todo o sempre. O que aconteceu não voltará a acontecer, não vou dar a minha maior entrega a alguém, nunca mais. Não vou amar ninguém, nunca mais. E se eu aprendi algo com a nossa história, foi que nunca me posso entregar a ninguém. Não uma entrega total. Porque alguém, alguém que talvez nem nos merece, pode rir-se da nossa figura humilhante. And what about me? Não importa, não sei. Sei que o meu erro, não o voltarei a cometer. Não amarei ninguém, nunca mais. Nunca ninguém o merecerá. What about you? Tu já te esqueceste de mim, e eu quero-me esquecer de ti.
to die by your side is such a heavenly way to die
''... Por vezes apenas me apeece arrancar o que tu significas em mim, ou seja, tudo, e esfaqueá-lo. Lentamente, calmamente, suavemente. A morte é simplesmente fácil. A vingança é doce. Aí vida, tu não vives, apenas existes. A marca da tua existência é a única coisa que resta em ti, um bilhete de identidade, cheio de nomes estranhos e informações falsas, um passaporte. Paranóia. Insónia. É apenas ao que tu me conduzes. Não é um amor igual aos outros, é um sentimento independente e estranho e diferente e extremamente bonito/feio de se expressar. Um amor puro e asassino e até um pouco suicída. Uma coisa dificil de expressar e de combater, ainda mais...''
Cruel. E seres. Tu pensas, e repensas, e acabas por não pensar quando de facto te esforças por pensar. Matas-te, apesar de não notares. E quando te escondes, ou pensas estar escondido, és sempre encontrado, e maltratado. E sofres apenas por pensares que será sempre assim. Vai ser, e não te iludas. As coisas não mudam, nunca mudam, e não mudarão. Considera-te perdido, e é verdade. Não totalmente. Não estás perdido, sabes onde estás, mas apenas o odeias. Tu podias ter fugido, mas não te apeteceu. Morreste, perdeste, desististe. Não te importas agora. Agora é álcool, drogas e cigarros. Isso faz-te feliz. E o preto das tuas roupas demostram-te. Já não sais de casa sem lápis preto nos olhos, ou sem o teu caderno de confidências. Onde escreveste todos os desgostos que sofreste. Já não sais, já não vives, já não fazes nada. Já não és ninguém, e o que te derruba ainda mais é saber que ninguém se importa. Ninguém, portanto também não te importas com eles. Queres que as pessoas se afastem de ti, porque não queres mais ninguém sem ser ele. E ele não merece isso. Não merece que te sintas culpada, nem que te sintas só, triste, abandonada. Nem que te isoles de ti mesma.
Mas agora já não tens coração.
Nem alma.
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