Sábado, 1 de Outubro de 2011
E como os meus braços se encontram partidos mas em perfeito estado, e tenho as costas desfeitas, incapacitadas de sentir o toque, incapazes de serem olhadas com olhos de pena, fragilmente. E o meu corpo se encontra encolhido, porque honestamente eu não me importo mais, porque ser e não ser acaba por ser tudo o mesmo. Os meus dedos não suportam mais o frio dos dias de calor, nem a brisa da noite, e sinto os meus pés a tremer por saber que te estás a aproximar. Juntamente, sinto-me impotente e sei que nunca vou mudar, sei que me derrubaste para um ponto de choque, um ponto sem abrigo e tão incapaz de sofrer. Vou chegar a um ponto de extâse, a um ponto de entrega total, um ponto infinito, e aí, vou estar de tal maneira ligada que vou extoirar de tristeza, e o meu sorriso será convertido em lágrimas e o meu cabelo de ouro cairá tornando-se em pedra. Mudei, e tornei-me no para sempre. Ainda existo. Não vivo. E sinto-me impotente, apenas.
Sexta-feira, 9 de Setembro de 2011
Estar aqui e não estar, sentir e não sentir. Como é ver o mundo de olhos bem abertos... mas no fundo saber que eles sempre premaneceram fechados. Como é fingir estar presente e ser algo mais do que eu sou, algo mais do que quem eu fingo ser, ser algo mais do que eu sou capaz de alcançar e ser parte de um puzzle dificil de desmontar. Tentar ser um raio de luz quando nada passa de uma falsa escuridão longinqua, em qual me perco. Perco, perco, perco, perco, perco, perco...
Talvez é porque não queira mudar. Estar para sempre neste modo inocente de viver... De portas trancadas e luzes fundidas, sem moedas nos bolsos nem uma caneta para compor.. Mas que ninguém me tire a voz. Voz com a qual posso expressar, com a qual posso abraçar o mundo mesmo sem me mover, voz com a qual posso fazer o mundo girar e se tornar num lugar melhor. Nem sei que aqui faço. Nada faço afinal. Eu não pertenço aqui. Sinto-me impotente. Apenas.
Sexta-feira, 12 de Agosto de 2011
Se eu não sou nada mais do que fraca, se eu não sou nada mais que uma figura inconsistente, se eu não existo... Porquê fingir? Que tenho um corpo bonito e que consigo voar á primeira tentativa, que consigo sonhar mais alto que os pássaros e cantar como se não houvesse amanhã? Não, porque não há nada mais do que um cûmulo incandescente, longo, infinito, dentro de mim. No meu peito há um grande buraco negro onde todo o tipo de coisas se escondem. Não consigo tocar o céu, afinal. Não consigo caminhar apreciar a vida, afinal. Não consigo ser nada mais do que nada, afinal. Nem uma migalha esquecida pelo caminho, ou um pedaço de tecido insignificante para a época. Sinto-me isolada e quebrada, de uma maneira irreversível. Sou uma estrada sem saída, um canto escuro, o final terrível. Não consigo a atenção de ninguém, a compreensão de ninguém.. De como é viver no obscuro, não tendo a possibilidade de fazermos algo por nós mesmos. Sinto-me impotente. Apenas.
Quarta-feira, 13 de Julho de 2011
''Love grows in me like a tumor,
parasites bent on devouring its host.
I’m developing my sense of humor,
till I can laugh at my heart between your teeth,
till I can laugh at my face beneath your feet.''
Segunda-feira, 20 de Junho de 2011
Vamos tentar dizer isto da forma mais simpática, mais honesta e de forma a parecer o menos egoísta possível: não gostamos da nova geração dos blogs sapo. Escritores imparciais, com um visual marcante, um número de comentários exuberante. E agora dizemo-vos, muito orgulhosas: Não é aqui que fazemos parte. Fazemos parte de uma geração alegre e energética, a geração 2005-2009. Era tudo diferente. Arriscamo-nos a dizer que éramos uma pequena grande familia, com marcas históricas e paixões. Quem aqui entrava sentia-se acolhido de uma forma tão, digamos, bonita, que contado a alguém de fora pareceria irreal haver uma família tão bem construída. Dizemo-vos também que era tudo melhor. As relações baseavam-se na confiança, e no conhecimento do parceiro. Éramos mais do que conhecidos, meros bloggers a quem dizíamos um 'olá'. Antigamente era tudo tão perfeito.. Foi uma geração revolucionária. Hoje enquanto as conversas se tornam básicas e cada 'olá' termina com um 'adeus', antigamente pedíamos insaciavelmente os emails uns aos outros, independentemente da pessoa ser nova ou não. Havia espírito de equipa - quando um estava mal, estava lá o outro. Não haviam comentários como "comenta o meu blog, eu comento o teu". Todos comentávamos os blogs uns dos outros com a máxima simpatia e honestidade. Um página de comentários não eram números ou um ':)', nem ''Por favor visita o meu blog!''. Isto era acima de tudo o sitio mais perto do paraíso, para nós, e acredito que para muitos outros também. Para alguns, a escapatória do escola infernal, para outros, o sitio onde se libertavam dos cigarros e davam assas á imaginação. Mais do que palavras, eram uma companhia. E as relações que começaram aqui, continuavam no msn, e chegavam mesmo a um encontro real. Não era por comentários, visuais ou qualidade de textos que se avaliava alguém. Lembro-me (Rita) de abrir um blog e por mais imperfeita que fosse a escrita ou o visual, ao fim do dia teria mais de 20 comentários que mostravam o quanto todos apreciavam o meu trabalho. Ou pelo menos uma critica constructiva de maneira a motivar a pessoa, a ajudá-la a melhorar. Isso repetir-se-ia diariamente até decidirmos pôr um fim ao nosso trabalho e quando tal coisa acontecia, teríamos a nossa família a dizer-nos quanta falta faríamos. Um blog era mais do que apenas um blog. Era um abrigo, uma alma, uma exposição de sentimentos. Deixem os estereótipos e tomem esta antiga geração como exemplo. Sentimo-nos tristes, minha gente. Já ninguém se importa verdadeiramente. É completamente indiferente. The thing is, que se eu hoje apagasse o meu blog, ninguém dava conta. Se fosse a um ano atrás, teriamos pessoas a iniciarem uma conversa no msn, preocupadas. A fama dos que mereciam desapareceu e foi oferecida aos mais novos que apenas ligam a uma boa escrita, um bom argumento e principalmente, um bom visual. Onde estão os fanblogs? Onde estão os blogs de design? Onde estão os blogs pessoais, e os blogs sarcástico? Onde estão vocês? Outra coisa que nos incomoda (bastante), é o facto de agora haverem ''preferidos''. Com todo o respeito, quando alguém recebe qualquer tipo de elogio de alguma pessoa que dá mais nas vistas nos blogs, parece que o mundo virou arco-íris e corações. No ''nosso tempo'' isso não existia. Existia respeito e amor pelo próximo, nada de superioridades. Está aqui a falta a essência da antiga geração da qual todos vós deviam seguir o exemplo. Até esta antiga família se perdeu, verdade. Mas estaremos todos sempre dispostos a ajudar-nos independentemente do tempo que não falámos. Mesmo o Mundo que amamos, veneramos, corre o perigo de não ser o mesmo de novo, nunca o conseguiremos abandonar. Foi aqui que cresci e foi principalmente, aqui que aprendi. Criámos aqui a nossa infância e aqui passámos a nossa adolescência. Antiga geração, sintimos o impacto da vossa ausência. Nunca vos esqueceremos.
Obrigada a todos os que aqui estiveram, deram-nos os melhores anos das nossas vidas.
Sara Folhas e Annie.
de maneira nenhuma estamos a tentar ofender alguém-
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Quinta-feira, 9 de Junho de 2011
Um ano de destruições. Comprometo-me então, não a esquecer-te, pois comprometer-me a tais actos seria o pior dos meus pecados, mas a colocar-te num espaço pequenino da minha mente, um espaço em que eu não repare. Um espaço que não doa nem se exponha á vista. Dizer que nunca mais me vou lembrar de ti, seriam mentiras. E apesar de viver neste inferno cheio de falsas intenções e diabos mascarados, não quero mais mentiras. Vou apenas mudar a forma como penso de ti, lembrar-me de ti, feliz, e de mim feliz, e de felicidade apenas ao ver-te.
Nunca mais te mencionar. Nem aqui, nem na escola, nem nos meus sonhos, nem nas minhas confidências.
Um ano de imperfeições e de lágrimas, e Hugo, comprometo-me então a que este seja o último post em que menciono o teu nome.
Desejo-te uma boa vida, triste como a minha.
Domingo, 29 de Maio de 2011
e tal como crescer lhe parecia aborrecido, viver era nada mais do que um desafio. encarava os problemas não como problemas, mas sim como desafios, aos quais se sentiria mais realizada por resolver sozinha. nada mais do que livros a satisfaziam, gostava de ler palavras, pois era como se estivesse a comer amêndoas ou a beber sumo de maçã. atrás das letras encontrava fantasmas elegantes, que a tratavam como uma princesa. sozinha encontrava-se feliz, mais do que quando os outros a acompanhavam porque eles não a percebiam: não gostava de chocolate nem de ir á praia; o sol assustava-a mais do que as próprias pessoas, tal como o cor-de-rosa a enjoava, apesar de não dizer a ninguém. lia livros de setecentas páginas e gostava de jogar xadrez, mesmo que nem sempre ganhase. falava com os animais porque eles a entendiam. encontrava formas diferentes de se expressar perante eles, vestia máscaras invisíveis perante as formigas e inventava palavras quando falava com as abelhas. boa aluna, adorava números e fórmulas ciêntificas. nem necessitva de estudar, possuia uma inteligência enorme, e natural.
acreditava que o amor era mais potente que a dor. acreditava que a imaginação era mais forte que o conhecimento, que os mitos eram mais potentes que os factos históricos. acreditava que os sonhos tinham mais potência que os factos, que a esperança sempre trinfava a experiência e que o amor era mais forte que a morte.
nada era impossível, aos seus olhos. até ao dia em que começou a ser suicida e deprimida. começou a ficar cansada.
depois de tantos anos sozinha, sentia-se apenas cansada, exausta.
música: roads
Terça-feira, 24 de Maio de 2011
Cheguei a um ponto que só me quero ir embora. Seguir o meu caminho e ir embora. Talvez porque fora daqui, eu conseguise ser melhor. Ser melhor amiga, ser melhor filha, ser melhor pessoa, ser melhor cidadã. Viver assim não é para mim. Com a intenção de ir embora, e de nunca mais voltar. Eu só me quero ir embora. Ir para um sitio qualquer, ir para todos os sitios. Eu só me quero ir embora, e ir embora rápido, sem demoras. Ir-me embora, e ir-me embora para longe. Vou parar por aqui. Estou a chorar demasiado para escrever. Não quero saber. Eu só quero ir embora.
Quinta-feira, 12 de Maio de 2011
Estendendo-me numa faixa anónima, é mais fácil. Ninguém me conhece a cara, nem como a minha voz pálida e fraca se consegue transformar em uma voz tão serena quanto a água, e tão feroz como uma fera. Ninguém me desconhece o nome, apesar de ninguém ter noção do que esse nome esconde. Ninguém sabe, nem faz a menor ideia, do que o meu nome esconde. É, primeiro que tudo, um nome de princesa. Um nome leve, mas que é capaz de se levar muito a sério. É um tanto obscuro, e a segunda letra condiz com a última. É um nome destruidor, de guerra, de mortes, de coragem. Meu Deus, continuam a achar que o meu nome é nome de princesa? Continuem. O meu segundo nome, é sim nome de princesa. Enquanto o meu primeiro nome era o significado de princesa, o meu segundo nome é mesmo de uma princesa. Eu cá não sou uma princesa, pelo menos não princesa de contos de fadas. Sou princesa do RockN'Roll, princesa das caveiras, ou de tudo o mais deprimente que existe neste planeta. O meu segundo nome é estranho, estranho, estranho. E nem sequer é português. Começa por A e acaba em A, e no meio desse nome, existe um H, o que não me agrada nada. Mesmo nada. É uma mistura exótica do que eu acho engraçado. Aquele nome é uma piada. Não me orgulho de o ter, e sinceramente, preferia não o ter. É um nome até um tanto vergonhoso, e achei que o Renato fosse gozar mais quando o Pita lho disse. Mas ele não gozou de todo, provavelmente só para eu não ficar triste. Gosto dele à mesma. O meu terceiro nome, condiz com o meu quarto, a origem de muitas piadas. Não me incomodam de todo, até acho engraçado. Com o meu terceiro nome, realço a frescura das árvores e do mundo. É uma coisa que me realça, e me pega. Sinto-me mais confortável a senti-lo, mesmo que seja só um nome, é o meu nome. Agora o meu último nome, é o nome da Natureza. O nome com que a fotossíntese é feita, e o nome com o que arranco das árvores e fico a brincar. Gosto das verdes, das castanhas do Inverno, das cores das do Verão. Gosto de sentir, gosto de ficar.
Gosto de brincar e de olhar. Gosto de ti, e de mais ninguém.
Sara A. Fresco Folhas.
música: the uncanny valley, backing music
Domingo, 27 de Março de 2011
eu vivo com monstros; eles vivem junto a mim, formando uma barreira, de mãos dadas, como se me protegessem, e seguem-me. ninguém os vê, e eu, também raramente os vejo. pressinto apenas o cheiro a horror e os arrepios - esses são os piores. é como se me invadissem o corpo, e depois me deixassem flutuar, me descolassem do chão e me colocassem junto ao céu, onde as nuvens não existem. eles despertam-me pela manhã, com um toque nos meus dentes, e depois exalto-me. acendo velas, queimo os dedos e deixo-me levar. pergunto-lhes o nome e não me respondem, tiro as meias e depois sou outra. mais leve e pura que nunca, quebro-me. derrubo as minhas esperanças, transformo-me num outro monstro. sou menos potente, e talvez até fique mais frágil. apenas a minha face muda. a minha pele fica vermelha, crescem-me pêlos nos pés e a realidade muda-se. e continuo a não ver os monstros.
música: hide and seek
Terça-feira, 22 de Março de 2011
Pôr a cabeça em ordem é o que eu estou a precisar de fazer. e pôr a cabeça em ordem implica: ver o TTTTTTT outra vez.
No, seriously now:
- Levantar-me 15 minutos mais cedo - 7:30.
- Preparar as coisas no dia anterior.
- Escrever pensamentos ou ideias parvas.
- Reparar coisas que não funcionam bem.
- Dizer não mais vezes.
- Fazer uma lista de propriedades na minha vida.
- Evitar pessoas negativas. (this one is hard)
- Olhar para os problemas como desafios.
- Sorrir mais. (this one is hard x2)
- Estar preparada para o caso de chover.
- Ter um banho de bolhas.
- Ter mais senso de humor. (this one is hard x3)
- Parar de pensar que amanhã o dia vai correr melhor.
- Dizer olá a um estranho.
- Olhar para as estrelas e pensar.
- Respirar devagar e contar até 10 quando estou irritada.
- Exprimentar coisas novas.
- Parar um mau hábito.
- Procurar excelência, não perfeição.
- Perder peso.
- Plantar uma árvore.
- Ter sempre um plano B.
- Aprender um novo doodling game. (como se já não soubesse muitos)
- Tornar-me numa melhor ouvinte.
- Ler em voz alta. (24/03/2011, aula de português, dentes de rato)
- Saber as minhas limitações e deixar os outros conhecê-las também.
- Fazer exercício.
- Fazer aviões de papel.
- Limpar o armário.
- Exprimentar uma tragectória diferente quando estou a ir para a escola.
- Lembrar-me que tenho sempre opções.
- Deixar de tentar corrigir os outros.
- Dormir o suficiente.
- Relaxar.
- Ler 10 livros este ano. (1/10)
Quinta-feira, 17 de Março de 2011
quero que a minha mãe fique saudável,
quero que o meu pai fique saudável,
quero ficar eu própria saudável,
quero tirar boas notas,
quero ouvir da boca do rui 'és bonita' em vez de 'és uma merda'
quero ou ouvir um elogio,
queria conhecer o carlos,
queria que o alex me falasse bem,
queria não ter medo de escrever estas palavras,
queria que a minha irmã me ligasse,
queria conhecer alguém que gostasse de mim pelo que existe dentro de mim,
queria que o hugo não existisse mais,
queria não começar agora a chorar,
queria não chorar,
queria ser bonita e que tudo me ficasse bem,
queria mudar completamente,
quero sair daqui,
quero ir viver para a holanda,
quero que tudo fique bem de novo,
eu só queria ter um amigo grande, só queria viver, só queria não para a escola com esta mágoa.
eu só queria não chorar e que tudo fosse fácil outra vez.
Eu acho que só queria deixar de ter medo. E deixar de ter borbulhas.
e de escrever aqui no blog, porque não há aqui mais nada.
Não há aqui mais nada, não há mais nada na minha vida. Não há mais nada para amar nem porque lutar. Não há nada. E é esse o problema. Na minha vida não há nada.
Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011
Intoxicated with sadness, I'm in love with my madness.
Entre pequenos passos e apocalipses, conhece-se a verdade e mergulham-se tristezas. Afoguei a tempestade! Mas que raio fui eu fazer, meu Deus? Algo bom decerto que não foi mas algo triste também não evidentemente. Matei os pássaros! Mas em que raio estava eu a pensar? Quando mudei mundos e fundos, quando enruguei a minha própria pele, e quando deixei o vento levar-me? Não estava bem da cabeça, de certeza que não. Roubei uma estrela aos céus! Mas que raio me deu? Que vírus tão maldoso me percorreu o corpo assim sem deixar nenhum rasto nem ponta porque se lhe siga, nem costas, nem faces, nem sardas nem sonhos nem virtudes? Mas que masacre tão pouco alegre que se enquadrou no meu corpo, me roeu as esperanças e me deixou eu lágrimas! Que pesadelos tão moribundos e distantes, mas que grande aldrabice. Mergulhei em águas geladas! Mas por que raio eu fui parar aquele lugar? Não fazia sentido sequer! O que se teria passado? Tivesse eu abusado da tua simpatia e feito algo inexplicavelmente feio? Como o quê? Amor? Mas o que é amor, o que raio é o amor? Aquele sentimento que toda a gente fala, e gagueja? Pelo que as pessoas morrem, aquele sentimento pelo que as pessoas tiram as suas vidas, fazem promesas e choram rios? «Sim, esse amor.» Perguntei eu, ao sei-lá-quem no meio da praça. E os cidadãos ficaram a olhar para mim. Era agora oficialmente maluca.
música: drug dealer
Domingo, 20 de Fevereiro de 2011
Chega-se a um ponto que até se come gelado ao pequeno-almoço. O desgosto é tanto, que já nem nos importamos com a dieta, e saí-se á rua sem lápis preto nos olhos. Percebe-se que nascêmos mesmo com tristeza nos nossos olhos, e que essa tristeza perdurou até agora e vai ficar, sempre. Muda-se as ideias e percebe-se que comprar mais roupa não muda nada. E o dinheiro não é a cura, exprimentar drogras também não o será e a única pessoa que te pode ajudar, foi também a que te magoou. Pensas em desistir. Tentas curar-te com melodias deprimentes e sonhos inacabados, com planos inconcretos e palavras devastadoras. E acaba-se tudo nesse momento. E não me venham com fases da adolescência. Não era. Era algo diferente e independente das outras coisas. Magoava observar tal acontecimento, acompanhar as mudanças de tal personagem e olhar-lhe simplesmente.
Mas também ninguém olhava.
Era invisível.
música: you are the moon.
Domingo, 13 de Fevereiro de 2011
Mas é assim mesmo. Eu era a combinação da Branca De Neve com o Patinho Feio. Era estranha. Não tinha mente, tinha corpo, mas era fraca. Muito fraca. Não tinha nada, de facto. O que me restava era o quê? O vestido e o susto, o meu medo. Mas ele poupou-me a vida e não o devia ter feito. O que as pessoas fazem só para serem belas... Estava confusa, até. Nunca ali tinha estado. Nunca tinha saído do meu ninho, sempre tinha vivido enroscada na mesma floresta. Era gozada, por vezes. Mas que isso importa? Eu deixava-me ir abaixo, mas também nunca fui muito de me saber defender. Não precisava de defesa sequer, porque sabia que, lá no fundo, eu tinha algo de mais precioso que eles. Não era rainha, mas até vinha de boas famílias. Estava muito longe de ser uma pessoa rica, mas nunca faltou o necessário em casa. Alimentava-me do que a floresta me dava. Era um patinho feio, muito feio. A beleza foi-se desvanescendo pelo passar do tempo, e agora sou diferente. Não sou bonita, mas sou diferente. E ser diferente é bom, e vocês não têm a mesma ideia do quanto ser diferente é bom. Sempre gostei do facto de a minha pele ser branquinha, porque assim podia pintar o cabelo como me apetecesse. Roxo ficava bem, laranja ficava bem, tudo me ficava bem tendo a pele branquinha.
Sempre gostei de ser assim. Ter a pele branquinha e ser odiada. Ter a pele branquinha e ser gozada. Ter a pela branquinha e ser como a Branca De Neve, e o Patinho Feio.
+
desculpem a minha ausência mas tem acontecido muito. tenho estado mal e sem vontade de estar neste espaço. vim cá escrever, um post que me saiu na hora, que não estava pronto, como saem a maior parte deles. mas tenho escrito muito, acreditem. ask whoever you want.
música: she's got me dancing
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Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2011
NÃO NÃO NÃO NÃO! não assim, recuso-me a perdoar tais actos imperdoaveis, e a amar o que agora era desconhecido para mim, e a viver longe, e sentir-te perto e amar-te imenso e odiar-te tanto. A olhar para o mundo com os olhos que aprendi contigo, e a usar o sorriso que me ofereceste. E a pôr um ponto final, não não não! a minha mente ardia tanto que deixei de respirar por instantes recusava-me a aceitar a estranha situação, e a ouvir tais palavras assustadores. Recusava-me a entrar na sala da luz, mesmo sabendo que era necessário. E recusava-me a retirar o vestido de noivado que outrora fora meu, fora nosso, representara amor. Recusava-me a acreditar que o fogo se tinha apagado. Que eu tinha baixado a espada, deixado o fogo invadir-me, perdido a guerra.
As minhas veias já se encontravam fracas graças ás injecções para retirar as dores que havia tomado mas continuava tudo na mesma. Chuva, muita muita chuva. Frio, muito muito frio. Dor, muita muita dor. Uma dependência enorme em te ver comigo, e sentir-te comigo, e cheirar a tua pele, ouvir o teu batimento cardiaco. Tu não merecias ter conseguido entrar dentro da minha corrente sanguínia. Percorrias o meu corpo como um vírus maligno, do qual nenhuma cirugia me faria livre. Causavas dor, muita dor. Magoavas, magoavas muito.
Chegaste até mim sem eu saber porquê, olhaste-me sem eu saber porquê.
Eu amei-te sem saber porquê,
porque o meu corpo deixou-te flutuar em mim, não mostrou nenhuma defesa, nada. deixou-te magoar-me. deixou-te matar tudo o que ainda gostava em mim. deixou-te triturar o meu cérebro e transformar-me no inferno.
eu ando aqui a morrer aos bocados. é uma história interessante de facto, dava um belo livro. mas quem teria coragem para a escrever? eu não.
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Sábado, 25 de Dezembro de 2010
'' I feel so worthless watching you suffer. offering words is the least i can do. i've been shoved into that pit before, it is the worst damn thing a person could ever be forced to endure. there is no escape hatch from the cramped inferno that becomes your mind. i think the first step is the hardest: acknowledging that you are unable to lash out against it and having to accept from the start that the entire process is a feat of the mind and entirely internal. it takes time, but you will be able to move from there. i wish i could say something to you that would make the next few days, weeks, months a little less heavy, but i know that there are no words, no console, there is nothing. having made one day easier for you is a prize within itself, and i am glad that i could do merely that. i don't think i could choose the right words to capture the intensity of the sorrow i feel for you. i understand the torment you are experiencing and i am so, so terribly sorry.
Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2010
É mesmo preciso tudo isto? Será necessário torturar uma pessoa assim tanto? Matar-lhe a alma? Desfazer-lhe o cérebro? Cozer-lhe a boca? Aos teus olhos, tudo era. O meu silêncio, a minha inocência e até o meu cheiro. 'Ela não é feia, é horrorosa.' Imagina agora que o meu estado era ainda pior do que o que ainda está. Eu, ao ouvir isto, quereria logo nesse mesmo momento desaparecer deste Mundo. Pressionei o botão da pausa, mas se estivesse de outro modo, pressionaria o botão do stop. E seria eternamente feliz, no céu. Onde existem todas as criaturas mágicas deste Mundo, o perdão e a paz. E onde o Mundo é outro. E se caminham em nuvens, e não existe chuva. Nada de arrependimentos. Derrubaste-me. O vulcão entrou em erupção, o furacão desmaiou, sentimos um terramoto. Explodí. E senti-me cheia de culpas, que não eram minhas.
Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010
De nome Sara e alma estranha. De corpo estranho, olhos escuros e cabelo escuro. Pessoa de enganar os próprios caracóis, com um alisador. E boa pessoa e boa amiga e destemida e estúpida e idiota e timida e enfim. E mal-amada, e sonhadora.
Domingo, 5 de Dezembro de 2010
Foi então que encontrei aquele sitio. E me lembrei que nunca lá tinha estado antes, nunca tinha visto um local tão belo e encantador. Deslumbrante aos olhos de todos que o olhavam, que o apreciavam, que tiveram a simples oportunidade de o conseguirem ver. E de como aquele lugar me cegava os olhos, de tão bonito que era. Como o sol se encontrava sempre limpo, e a velha senhora cantava as suas melodias. Senti nesse mesmo momento como era fácil amar. Num segundo, num minuto, numa hora. Como se pode sentir-se tão ligado a algo em tão curto espaço de tempo, sem o conheçer totalmente, mas sabendo o suficiente para saber que vale a pena. E como palavras não foram necessárias, apenas aquela imagem que me abraçou durante momentos. E daqui a uns anos quando lá voltar, estará tudo igual. O céu limpo, e a velha na sua cadeira. A simplicidade daquele lugar vai permanecer sempre igual. Os melhores segundos da minha vida. Quando entrei naquela terra pela primeira vez, senti a ligação. E vou amar aquilo para sempre. Entreguei-me totalmente, sonhei tanto. Explodi. Sorri tanto que o meu coração sofreu uma explosão e os seus bocados ficaram espalhados. Por ti. E aquilo apareceu como uma droga para mim, que eu estava a precisar, precisava imensamente de algo assim. Algo viciante que eu precisasse mais que muito. Que me fizesse perder a cabeça de modo a não a voltar a encontrar. Que me fizesse desistir de toda a minha vida anterior para ficar atachada a isso. Algo viciante como a droga, tu, ou o alcóol. E a diferença entre aquele local e tu? Esse nunca irá ter final, ficará comigo para todo o sempre. O que aconteceu não voltará a acontecer, não vou dar a minha maior entrega a alguém, nunca mais. Não vou amar ninguém, nunca mais. E se eu aprendi algo com a nossa história, foi que nunca me posso entregar a ninguém. Não uma entrega total. Porque alguém, alguém que talvez nem nos merece, pode rir-se da nossa figura humilhante. And what about me? Não importa, não sei. Sei que o meu erro, não o voltarei a cometer. Não amarei ninguém, nunca mais. Nunca ninguém o merecerá. What about you? Tu já te esqueceste de mim, e eu quero-me esquecer de ti.
to die by your side is such a heavenly way to die
Sábado, 27 de Novembro de 2010
i'm not afraid to cry .
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«Andas de ténis e de calças com bolsos, tens uns olhos enormes e o cabelo despenteado. Nunca serás um senhor de fato e gravata, nunca serás administrador de um banco, nunca chegarás a casa com cara de chato, como fazem aqueles maridos que deixam crescer a barriga, andam de pantufas e passam horas colados aos canais de desporto. Tu és o meu amor perfeito, que me compra colares e me escreve bilhetes, que me dá a mão na rua, que me abraça no meio de todas as praças e me leva para a cama sem hora marcada.»
música: pedestal - portishead
Terça-feira, 23 de Novembro de 2010
Julgava conhecê-la. Todas as pequenas perfeições, todos os seus erros, todas as suas fraquezas e todos os seus feitios. Enganou-se, portanto. Conhecia a outra face, a que se humilhava, e que tinha sempre a pele morena e os olhos brilhantes quando se encontravam. Aquela de sapatos vermelhos de salto alto e cabelos loiros. Julgava então que ela seria assim na realidade, para todo o seu sempre. Enganou-se, portanto. Julgou as suas falas ensaiadas perfeitamente naturais, e todo o seu charme encantador. Não existia estranheza, nada mais para conhecer, nada mais para amar, nada mais por que lutar. Enganou-se, profundamente. E ele, que já julgava conhecê-la! Desconhecia a sua parte arrogante, a melodia por detrás da capa. Desconhecia que ela o poderia fazer totalmente feliz, mesmo com todas as suas imperfeições. Com as olheiras, os olhos castanhos, o cabelo escuro encaracolado, a sua silhueta obesa e as unhas mal pintadas. E julgava ela que isso seria possível. Julgava ela que não o conhecia a ele, quando tudo o que ela sabia era apenas o que ele era. Aquele pedaço de carne andante, sem defeitos nem razões de queixa. Julgava ela no inicio que ele nunca a faria chorar. Conhecia a melhor e toda parte dele. Não o quis conhecer pela aparência, não o amava por esses motivos. Era então porque se sentia em casa, se sentia de tal modo protegida. Criou na sua cabeça espaços só para ele, porque em muito tempo apenas ele tinha sido simpático para com ela. E sentia que sem ele, voltaria tudo a ser a mesma coisa. Criou uma dependência demasiado forte. Acreditou em todas as palavras. Sentiu que as imperfeições dela não mudariam em nada a sua relação. Importava-se ele agora, apenas pelo físico. Enganou-se ela, portanto. E ele que julgava conhecê-la, estava enganado. E ela, que julgava não o conhecer, conhecia-o bem. Estavam ambos enganados, portanto. Julgava ele que as directas eram apenas por diversão, enquanto ela, sentia-se lisonjeada por estar com ele uma noite inteira. Ou falar com ele, o outro ele. E ele, ele demorava séculos a responder-lhe, e dizia-lhe que era por distracção, enquanto ela, tinha pura certeza de que ele tinha pessoas mais interessantes com quem conversar. Tornaram-se muito íntimos, muito chegados, cada noite, cada dia, conheciam-se cada vez melhor. Ela era tímida e horrível. Ele era sociável e charmoso. E ele que lhe dizia que ela era bonita para ser simpático. Quando a viu, mudou de ideias. Enganaram-se os dois, portanto.
«, a sara não fala assim. conheço bem a sara.»
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
''... Por vezes apenas me apeece arrancar o que tu significas em mim, ou seja, tudo, e esfaqueá-lo. Lentamente, calmamente, suavemente. A morte é simplesmente fácil. A vingança é doce. Aí vida, tu não vives, apenas existes. A marca da tua existência é a única coisa que resta em ti, um bilhete de identidade, cheio de nomes estranhos e informações falsas, um passaporte. Paranóia. Insónia. É apenas ao que tu me conduzes. Não é um amor igual aos outros, é um sentimento independente e estranho e diferente e extremamente bonito/feio de se expressar. Um amor puro e asassino e até um pouco suicída. Uma coisa dificil de expressar e de combater, ainda mais...''
Sábado, 2 de Outubro de 2010
I see no point in living.
Sexta-feira, 17 de Setembro de 2010
E chorou. Continuou o caminho, sempre de cabisbaixo, a esconder a sua tristeza pelo cabelo. Preto escorria-lhe pela cara, da maquilhagem, que ela colocara, especialmente para aquele dia. Andava em passos lentos, mas brutais. Mesmo sabendo que estava a seguir a direcção errada, continuou. E as pessoas olhavam para ela, espantados, e falavam. Palavras maldosas, que apenas a faziam sentir pior, muito pior. Ninguém a conhecia, apenas ele. E agora ele desistiu. E acabou. Tudo. Ela sentou-se no banco, mais longe das pessoas possível, e despediu-se de si mesma. Apesar de não fazer ideia se era uma despedida para sempre, despediu-se. E pronunciou umas palavras entre-dentes, que não faziam sentido, mas era verdade. Ele mentiu-lhe, gravemente. Então ela decidiu dizer adeus. A ela e a todos que alguma vez conheçera. Desistiu. Abandonou o seu corpo. Era agora apenas uma figura. Que desistira por ele. E ele não mericia isso. E quando dizem que ela é só mais uma, estão enganados. Porque ela arriscou tudo para a sua felicidade, e até a felicidade dos outros.
Um dia arrepender-se-á. Ele, e todos.
Cover my eyes,
Cover my ears,
Tell me these words are a lie.
It can't be true,
that I'm losing you,
Sun cannot fall from the sky.
Can you hear heaven cry?
Tears of an angel.
Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010
Insatisfação. Ver carros na rua, fumo na estrada, pessoas no Mundo… Insatisfação. Vê-se o tempo passar… como flechas! Flechas ao vento, que passam… rapidamente. E deparamo-nos com cinquenta anos e uma vida de insatisfação. Deparamo-nos com uma pele enrugada, uns ossos pouco fortes, e as pernas deformadas. E os tempos já não são o que são. Já não se ouve como se ouvia. Já não se vê como se via. Já não se vive como se vivia. Já não se sente, como agora se sente. E já não se partilha, nem existe alegria. Existem alguns sorrisos, e algumas pessoas consideram-se estupidamente felizes. Mas como? Não percebo. Como se consegue viver, no meio de casas desabitadas, de lugares poluídos e uma socialidade tão diferente. Nem há respeito. Já não faz mais sentido. Já não tenho idade. Resta-me agora continuar a escrever estas páginas, criar um conto sem fim. Até o dia chegar. Ele há-de vir. Vem depressa, não te atrases. Corre. Leva-me. Leva-me agora! Deixa-me ser feliz. Só hoje.
Sábado, 4 de Setembro de 2010
Agarrava-se ao corpo. Alimentava-se da nossa energia, e colava-se à pele. Libertava-se, por vezes, através de lágrimas. E por vezes, muito raramente, fazia-nos sorrir. Três vezes por ano. Duas. Uma. Nenhuma. E era uma coisa de tal maneira perturbadora, mas mesmo assim alguns gostavam dela. Não sei como. Mas bem, são as mentes de agora.
Acreditarem em algo que as faz sofrer, que não é para sempre.
E uma coisa que doí, que não dura, que magoa, que não devia existir.
Não espero que compreendam. Mas eu também já esperei tempo demais. Passaram-se séculos, e eu continuo aqui, sentada na minha cadeira de madeira, com o meu chá de menta na mão. E não, não espero mais. Desperdicei-me. Contigo. Agora quero viver, e morrer a viver. Já me resta pouco tempo, e tu tens o mundo há tua espera.
Amanhã já cá não estou.
Desejem-me boa viagem.
música: lightning strike
Quarta-feira, 1 de Setembro de 2010
Falavas para os teus ombros. Modestamente. Olhavas o vazio à tua volta. Magoava olhar o nada à tua volta, mas mesmo assim continuaste a olhar, fixamente. Saiam da tua boca palavras totalmente sem sentido. Palavras nada banais, palavras bonitas, mas colocadas em frases tao mal costruidas. Ouvia-se apenas a tua alta voz, e o som do nada. Interessante. Ouviam-se sussurros, e verdades. Continuaste durante horas, dias, semanas, meses a repetir sempre as mesmas palavras. Ate as cantavas. Com uma voz tao diferente, tão triste... Tão sem voz. E gesticulavas enquanto caminhavas, por entre caminhos desertos, sem destino, totalmente cinzentos. Que mundo diferente, que sonhos diferentes, que desejos diferentes. Tudo por nada. Forca para nada. Batalhas por nada. So pelo que vemos agora... Um mundo destruido, totalmente mal-tratado. Tiveste sempre razao. Mas nunca ninguem te gozou, nem deixou de prestar atencao. Quando viram o flagelo à sua frente, pediram-te conselhos. Mas tu fugiste, isolaste-te no teu Mundo. Mundo qual se tornou vazio, apenas tu. Tu e o teu ser. Que parece ter vida. Vives agora os teus dias a caminhar, entre o preto e o branco. E todos sabem que tens saudades do amarelo e do verde. E das arvores. E de todos.
De mim tambem, eu sei, nao me mintas.
Acho que cada vez os meus textos ficam mais sem sentido.
música: brick by boring brick - piano cover
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Domingo, 29 de Agosto de 2010
Caminhámos. Já nos doía os pés de andármos, descalços, por cima das pedras, de calcármos os vidros e de nunca parármos. Os pés até sangravam, lentamente... Sentimos que já não havia nenhuma saída. Estávamos presos, sem destino, ou sitio por onde ir. Mas lutámos.
E só por isso, só por isso coração, merecêmos tudo. Porque esperámos a nossa morte, não a apressámos. Porque continuámos sempre a procurar, nunca nos deixámos estar. A olhar. Nunca desistimos, as nossas fraquezas não nos fizéram menos fortes. Elas fizéram-nos errar, isso é certo, mas nunca como das outras vezes.
E hoje é hoje. Hoje é o dia. O dia da nossa despedida. Teria de ser. Amo-te, apenas e só.
música: artic monkeys - crying lightning
Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010
« As minhas conversas não são para ouvidos preversos, nem para mentes banais, nem falas impulsivas. É para corações descuidados, silêncios valiosos e suspiros pacientes. Não é para quem não percebe. É para quem me entende e me responde com as palavras mais bem enfeitadas do dicionário. Portanto, pega no jornal e escreve os teus requesitos. Não precisas de escrever o teu nome. Escreve apenas como te sentes, e se precisas de ser amado, e avaliarei a tua dor. Dificil, mas para seres aceite tens de lutar. Matar. Sei que pensas que é uma idiotice, mas a vida é assim. Envia a tua carta, mas envia-a rapidamente. Precisa-se urgentemente de alguém para fazer pessoas felizes. Pagamos bastante, o problema não é esse. Diz rapidamente! Não há tempo a perder! Precisa-se de alguém com grande capacidade de fazer pessoas sorrir, sorrir tanto que choram. Mas este trabalho é para sempre... É suposto fazer a pessoa feliz, não magoá-la quando partir. Não interessa a cor do cabelo. Loiro, castanho, preto, ruivo, branco. Não interessa. Interessa-nos a sinceridade. »
Domingo, 22 de Agosto de 2010
hope so
eu não escrevo porque quero . escrevo porque preciso , e já não vivo sem este blog .
um ano . já passa da meia-noite.
música: i belong to you
tags: ano,
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Terça-feira, 8 de Junho de 2010
Neste momento estou a escrever numa folha de linhas todos os textos do blog para apresentar como texto livre á minha professora de português amanhã.
São os meus melhores textos, e se eu quero ter 5, tenho de fazer por merecê-lo.
Domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Com a caneta na mão, não há limites. Há imaginação, magia, brilho.
Há rabiscos e riscos por cima dos nossos erros, rascunhos nas pontas das folhas, corações pelo meio do texto.
Com a escrita sinto-me livre, viva.
Sinto que tenho asas e vou aprender a voar! E voar por aí com o meu caderno a escrever, expressar as minhas emoções.
Vou andar por aí a escrever o aspecto do beco nº 23. De que cor estava o céu dia 28 de Julho. Se as árvores baloiçavam vento entre si, se arrefeciam a nossa pele.
Simplesmente escrever. Escrever o que quiser, como quiser.
Escrever sobre o que quiser, o que me apetecer, os acontecimentos do dia.
Escrever, amar, voar.
música: fireflies - owl city