Caminhámos. Já nos doía os pés de andármos, descalços, por cima das pedras, de calcármos os vidros e de nunca parármos. Os pés até sangravam, lentamente... Sentimos que já não havia nenhuma saída. Estávamos presos, sem destino, ou sitio por onde ir. Mas lutámos.
E só por isso, só por isso coração, merecêmos tudo. Porque esperámos a nossa morte, não a apressámos. Porque continuámos sempre a procurar, nunca nos deixámos estar. A olhar. Nunca desistimos, as nossas fraquezas não nos fizéram menos fortes. Elas fizéram-nos errar, isso é certo, mas nunca como das outras vezes.
E hoje é hoje. Hoje é o dia. O dia da nossa despedida. Teria de ser. Amo-te, apenas e só.
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