este texto é o elogio à pessoa eterna. é isso que és para mim. não és um caso perdido, não és uma miúda triste e doente, muito menos uma pequena princesa sem destino. se o dois-três-três não fosse apenas uma piada estúpida, responderia isso quando me perguntam um número que gosto. o impacto que tiveste na minha pessoa foi de maior intensidade do que a que imaginas. é bom pensar no mar e na praia e na areia e em todas aquelas rochas e ondas e raios de sol que ninguém nunca viu. devias sair mais, devias ir ao mar, á praia, á areia. devias pensar menos nas coisas. ia ajudar-te a pensar menos nas coisas se pudesse. a única coisa que fiz de bem aqui na terra foi ajudar-te e abraçar-te, por muito que tenham sido poucas vezes. gostava que estivesses mais perto. mas estás ao pé do mar e da praia e da areia! e um dia eu também vou apreciar esse espectáculo que é a natureza contigo. e nesse momento, não vai importar que os nossos pulsos estejam arco-íris e os nossos pulmões tão negros que não haverá volta a dar. vai ser tão bonito, que se tudo acabasse ali, naquele instante, teria tudo valido a pena.
porque fizeste coisas boas nesta vida. e quando pensares que não, volta a ler isto e lembra-te que, apesar de não ser muito importante, me ajudaste a mim, me mudaste a mim. tudo que fizeste teve relevância. és um caos, estás um caos, eu sei que és, eu sei que estás. mas isso não implica que eu não saibas mais viver, e não devas mais viver. os desastres são das coisas mais bonitas. é tudo uma complicação, mas pelo menos é complicado á tua maneira.
e vais sobreviver e vais rir e as coisas vão ficar melhores e voltar a piorar mas daqui a cinco anos e não te vais lembrar daquela vez em que pensaste que seria o fim. vais sorrir e sentir-te ainda mais forte. tu sobreviveste até agora, depois de toda a merda. tu vais sobreviver. eu acredito.
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