Estar aqui e não estar, sentir e não sentir. Como é ver o mundo de olhos bem abertos... mas no fundo saber que eles sempre premaneceram fechados. Como é fingir estar presente e ser algo mais do que eu sou, algo mais do que quem eu fingo ser, ser algo mais do que eu sou capaz de alcançar e ser parte de um puzzle dificil de desmontar. Tentar ser um raio de luz quando nada passa de uma falsa escuridão longinqua, em qual me perco. Perco, perco, perco, perco, perco, perco...
Talvez é porque não queira mudar. Estar para sempre neste modo inocente de viver... De portas trancadas e luzes fundidas, sem moedas nos bolsos nem uma caneta para compor.. Mas que ninguém me tire a voz. Voz com a qual posso expressar, com a qual posso abraçar o mundo mesmo sem me mover, voz com a qual posso fazer o mundo girar e se tornar num lugar melhor. Nem sei que aqui faço. Nada faço afinal. Eu não pertenço aqui. Sinto-me impotente. Apenas.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.