Intoxicated with sadness, I'm in love with my madness.
Entre pequenos passos e apocalipses, conhece-se a verdade e mergulham-se tristezas. Afoguei a tempestade! Mas que raio fui eu fazer, meu Deus? Algo bom decerto que não foi mas algo triste também não evidentemente. Matei os pássaros! Mas em que raio estava eu a pensar? Quando mudei mundos e fundos, quando enruguei a minha própria pele, e quando deixei o vento levar-me? Não estava bem da cabeça, de certeza que não. Roubei uma estrela aos céus! Mas que raio me deu? Que vírus tão maldoso me percorreu o corpo assim sem deixar nenhum rasto nem ponta porque se lhe siga, nem costas, nem faces, nem sardas nem sonhos nem virtudes? Mas que masacre tão pouco alegre que se enquadrou no meu corpo, me roeu as esperanças e me deixou eu lágrimas! Que pesadelos tão moribundos e distantes, mas que grande aldrabice. Mergulhei em águas geladas! Mas por que raio eu fui parar aquele lugar? Não fazia sentido sequer! O que se teria passado? Tivesse eu abusado da tua simpatia e feito algo inexplicavelmente feio? Como o quê? Amor? Mas o que é amor, o que raio é o amor? Aquele sentimento que toda a gente fala, e gagueja? Pelo que as pessoas morrem, aquele sentimento pelo que as pessoas tiram as suas vidas, fazem promesas e choram rios? «Sim, esse amor.» Perguntei eu, ao sei-lá-quem no meio da praça. E os cidadãos ficaram a olhar para mim. Era agora oficialmente maluca.
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