Tanto pediram e aqui está :b
Espero que gostem!
«Cala-te!» gritei eu para o meu despertador, que marcava as sete e meia da manhã.
«Bolas, vai ter de ser -.-».
E levantei-me rapidamente. Tomei um banho rápido e olhei para o meu armário. Segundo dia de aulas, o que haveria eu de vestir? Peguei numas calças de ganga vermelhas, uma sweatshirt cinzenta, tirei os meus novos sapatos pretos da caixa, pendurei ao pescoço a minha medalha, coloquei meia dúzia de pulseiras na mão, coloquei um colar com o símbolo hippie, peguei na mochila e saí.
Tomei um sumo de laranja natural, peguei numas bolachas e saí de casa.
Hoje tinha de ir de autocarro. Não me importava nada, o problema era: mas onde será a paragem? Não tinha a mínima ideia.
Passei pelo Starbucks e comprei um Strawberry & Cream Frappuccino. Eu sou uma Starbucks Lover. Eu gasto cerca de cinquenta euros por mês no Starbucks, a sério! Sorte é que tenho o cartão e são só descontos.
Continuei o meu caminho e até nem foi muito difícil de encontrar a paragem. Estava lá um senhor idoso, uma universitária – nota-se logo, estamos em Coimbra. Estavam lá também umas raparigas mais ou menos da minha idade. Elas estavam com mochilas ás costas e tudo… Sendo o Colégio o único estabelecimento de ensino por onde o autocarro passa, elas deviam ser de lá.
Finalmente, chegou o autocarro. Sete minutos atrasado! Sete é o meu número da sorte… Ou azar.
Mas acho-o um número totalmente singular. É um número diferente. Só o encontramos na tabuada do um, e do sete. E sete são os dias da semana, as cores do arco-íris, o dia do meu aniversário. Acho que foi isso que me fez gostar do sete a inicio. Ser o dia do meu aniversário. Já para não dizer que o sete é o número da perfeição. É um número fantástico, mas muito diferente de mim.
Entrei no autocarro. Estava quase cheio, estava um ambiente abafado… Pelo menos consegui arranjar um lugar. E um lugar duplo. Coloquei lá as minhas coisas e coloquei os phones nos ouvidos.
E foi ai. Antes que o autocarro arrancasse, um rapaz veio a correr. O rapaz. O tal. Ele entrou no autocarro, ainda sem voz e procurou um lugar. Estavam todos ocupados quando eu percebi que o lugar ocupado com a minha mochila era o único vago.
«OH EM GE! Ele vai sentar-se aqui.»
Vi-o a aproximar-se:
- Desculpa, posso sentar-me aqui? – disse aquilo com uma voz tão suave que me comoveu.
- Claro! – disse eu com uma voz super estúpida enquanto retirava a minha mochila do banco.
Virei a cara para a janela, esperando que ele não fosse dizer mais nada.
- Ahm… Não eras tu que ontem estavas sentada nos bancos do Colégio, de manhã?
- Hmn… Sim, era eu.
- Bem me parecia! – disse ele, convencido de que estava certo. – Mas eu nunca te tinha visto lá antes.
- É normal… Eu entrei para o Colégio este ano, ontem foi o meu primeiro dia.
- Oh, ok. Já tens aqui um amigo! Eu chamo-me Tom Scott, e tu?
Um amigo. Tom. Chama-se Tom Scott.
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