Como muitos de vocês me pediram para postar, aqui está um capítulo do Peppermint.
Eu não sei se está muito bom, voceês é que decidem.
Isto é só um teste, se gostarem, continuo a postar.
Para já, pedia apenas 15 comentários de pessoas diferentes com uma opinião sincera sobre o episódio.
O Peppermint está dividido por dias.
A ideia era ser uma espécie de ''diário'' de Susan Peppermint.
Começei a escrever como se eu fosse a Susan... Mas a história não é verídica.
Pensei foi em quando começar o novo ano lectivo, continuar a escrever no Peppermint mas tudo veridico.
Que acham? Quero opiniões.
Peppermint
« e uma alegria solitária pode tornar-se patética. »
Eram cerca de oito e meia da manhã quando eu entrei na escola com o meu Lemon Frappuccino na mão. Não me lembro se me sentia insegura, foi há imenso tempo. Mas eu tinha medo do que iriam achar de mim, ou melhor, das minhas calças vintage demasiado floridas. Dei o meu primeiro passo dentro dos portões do Colégio São Martinho e sentei-me num dos bancos á entrada. Abri a mochila, procurei o meu horário e vi em que sala ia ter a primeira aula. Sala 4, segundo piso.
Ainda tinha cerca de meia hora por isso deixei-me estar sentada com os meus phones a ouvir GunsN’ Roses. Olhei à minha volta e percebi: havia 12 bancos, todos feitos de madeira perpendiculares uns aos outros. Estavam todos ocupados por grupos de amigos menos o meu – era apenas eu e a música, a minha amiga imaginária. Continuei a olhar e as pessoas pareciam-me todas iguais: calças de ganga, ténis berg e t-shirts da bershka. Pareciam-me todos tão vulgares, nenhum pessoa se destacava, excepto uma.
Era um rapaz, com cerca de um metro e setenta, cabelo escuro e olhos escuros. Tinha uma beleza extraordinária, e vestia-se bem. Continuei a fixar o rapaz, e a ouvir agora Nirvana. O que me apetecia era meter conversa, perguntar-lhe como se chamava, que idade tinha, onde vivia. O que me apetecia era conhecê-lo.
Deu o primeiro toque. Levantei-me, peguei nos meus livros e quando ia a andar até à porta de entrada para o corredor, ele passou por mim. Com o seu ar descontraído e o seu cabelo despenteado. Foram apenas meros segundos mas a mim pareceram-me minutos, horas, dias. Os seus olhos, fixos nos meus, inspiravam-me, faziam-me feliz. Eu não queria mudar de escola, mas talvez ter mudado não tenha sido assim tão má ideia.
Cheguei três minutos atrasada à minha primeira aula. «Que se lixe». Bati à porta, e entrei. Ugh, não me senti confortável. Éramos vinte e oito. A professora de Ciências (uma das disciplinas que acho dispensável) apontou-me um lugar, o único vazio.
Á minha frente estava um rapaz, forte, que depois descobri que se chamava João. Atrás de mim estava uma rapariga, de cabelo preto comprido de nome Ana Luísa. Ao meu lado uma menina baixa chamada Soraia e a Beatriz, uma rapariga conhecida no colégio. Digamos, aquela que normalmente é a mais popular numa turma.
Sentei-me, retirei o meu dossier extra-personalizado por montagens feitas no Photoshop. Abri o separador de ciências, o separador verde alface, um verde super feio com uma imagem da Rihanna colada.
Ficaram todos a fixar-me a remexer entre os meus papéis enquanto a professora falava.
«Ugh, ainda agora cheguei e já não gosto da minha turma» pensei.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.